terça-feira, 30 de outubro de 2007

2.3.4.2. Deus e a New Age

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2.3. Princípios fundamentais do pensamento da Nova Era

2.3.4.2. O que diz a Nova Era sobre Deus?

A Nova Era mostra uma notável preferência pelas religiões orientais ou pré-cristãs, as quais se consideram contaminadas pelas distorções judeu-cristãs. Daí o grande respeito que merecem os antigos ritos agrícolas e os cultos de fertilidade. “Gaia”, a Mãe Terra, se apresenta como alternativa a Deus Pai, cuja imagem se vê vinculada a uma concepção patriarcal do domínio masculino sobre a mulher. Fala-se de Deus, porém não se trata de um Deus pessoal. O Deus de que fala a Nova Era não é nem pessoal nem transcendente. Tampouco é o Criador que sustenta o universo, mas sim uma “energia impessoal”, imanente ao mundo, com o qual forma uma “unidade cósmica”: “Tudo é um”. Esta unidade é monista, panteísta ou, mais exatamente, panenteísta. Deus é o “princípio vital”, “o espírito ou alma do mundo”, a suma total da consciência que existe no mundo. Num certo sentido, tudo é Deus. Sua presença é claríssima nos aspectos espirituais da realidade, de modo que cada mente espírito é, em certo sentido, Deus. A “energia divina”, quando é recebida conscientemente pelos seres humanos, costuma-se descrever como “energia crística”. Também se fala de Cristo, porém com ele não se alude a Jesus de Nazaré. “Cristo” é um título aplicado a alguém que chegou a um estado de consciência onde o indivíduo se percebe como divino e pode, portanto, pretender ser “Mestre universal”. Jesus de Nazaré não foi o Cristo, mas simplesmente uma das muitas figuras históricas nas quais se revelou essa natureza “crística” igual a Buda e outros. Cada realização histórica do Cristo mostra claramente que todos os seres humanos são celestiais e divinos e os conduz para essa realização. No nível mais íntimo e pessoal (“psíquico”) no qual os seres humanos “ouvem” esta “energia cósmica divina” se chamam também “Espírito Santo”.

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